por Liliana Peixinho*, do movimento AMA
O Ser Humano parece não estar preocupado com os sucessivos alertas no Planeta sobre a fragilidade da vida na Terra.
O que acontece, agora, nesse dezembro de clima convulsivo, catastrófico, na Bahia, com 72 cidades em emergência, é a intensidade, volume e velocidade das águas, enchentes, isolamentos. Milhares de famílias desabrigadas, desesperadas, sem comida, doentes, tudo ao mesmo tempo, num curto espaço de tempo.
A visibilidade é feita pela própria população, em tempo real, sem saídas. Não fosse o uso da tecnologia celular, os fatos nos chegariam mais lentamente, picotados, editados.
Mesmo numa Pandemia, onde a vida ficou cada dia mais vulnerável, o comportamento das pessoas, mundo afora, com raras exceções, demonstra desconsiderar esforços científicos, contribuições humanitárias, sofrimentos coletivos, e seguem adiante, alheios ou insensíveis ao que lhes rodeiam.
Eventos climáticos extremos, que remetem a análises populares de “fim de mundo”, acontecem com mais frequência e intensidade, em cada canto da Terra. São fatos das relações, ações e atuação do Ser humano no ambiente onde a vida funciona como um todo, não em partes.
Mais que figuras de linguagem, expressões como tsunami, tempestade de areia, furacão, enchente, incêndio, seca, são fragmentos convulsivos de um Sistema explorado pelo capital do mal.
Sistema onde proliferam vírus, doenças, fome, miséria, negligencia. Cadeia de desarmonia social séria que atinge a vida aqui, aí, acolá, com mais frequência e intensidade
Chegam de forma célere, num caldeirão devastador. Destroem tudo que fora construído em labutas diárias. Deixam rastros que impactam, pra sempre, histórias de vidas.
Fonte: www.envolverde.com.br