Todos nós já ouvimos falar sobre a quantidade de plástico que existe nos oceanos em função da atividade humana inconsequente e sabemos que o tempo de decomposição desse material, dependendo do tipo, pode variar de 30 a 500 anos em média, mas precisamos pensar nesse assunto de uma maneira mais efetiva e urgente, pois o nível de contaminação dos oceanos vai muito além do que podemos compreender.
O plástico antes de levar todo esse tempo para se decompor, se transforma em partículas minúsculas, que além de contaminar a água com toda química que o material possui, contamina os animais através da ingestão, pois muitos pensam ser alimentos e comem o material. A quantidade de mortes causadas em espécies marinhas e aves que se alimentam dessas espécies aumenta a cada dia. Desde albatrozes, tartarugas, diversas espécies de peixes, até mesmo baleias e tubarões hoje em dia tem plásticos em seu estômago quando morrem.
Quando nos alimentamos com qualquer um desses animais, além de nos contaminar com a química que existe nos plásticos, estamos também ingerindo micropartículas de plástico, ou microplástico como é popularmente chamado.
Para termos uma noção da quantidade de plásticos que podemos estar ingerindo, cientistas da Universidade de Victoria, no Canadá, resolveram fazer um estudo baseado em pesquisas que analisaram a quantidade de partículas de microplásticos existentes em diversas fontes e chegaram ao assustador número de 74.000 a 121.000 partículas de plástico por ano ingeridas por um humano através da cadeia alimentar, dependendo da idade.
A pergunta que fica é então “o que estamos fazendo”? Estamos contaminando o planeta, matando nossos oceanos, diversas espécies de animais e nossa inconsequência está contaminando à nos mesmo e nossos filhos.
O que mais precisamos como alerta para mudarmos nossos hábitos de consumo e de descarte de resíduos?